B.I.
[Verso 1: Berna]
Confissões sinceras que junto e decoro
O que as une é o hip-hop e a freguesia onde moro
Motivo de inspiração para um som em cada canto
À noite vês pelas caras decerto ninguém é santo
Ressacas usam pratas catas do chão
Velhas são chatas nunca fartas de tentar manjar quem é ladrão
Como o Ricky dizia se apareceres tu traz o teu BI
E se fores beto o mais certo é não conseguires saíres daqui
Gajos de fora cativar é coisa rara
Por alguma razão aos anos que a população espera uma esquadra
Bófia de passagem para mostrar serviço aos chibos
Acalma o tráfico por minutos seguidos
Volta tudo à mesma dança
A confiança não dando importância
Ao facto da ganância ter metido tantos num saco
Enterrados num buraco sem saber como
É possível aos chavalos tentar mostrar outro rumo
[Refrão: Nocas e Berna]
Se fores a Aldoar mostra o teu BI
Porque aquela merda não é como aqui
Se LCR está tagado em tantas praças
Tu vai-me a Xangai que até te passas
Se fores a Aldoar mostra o teu BI
Porque aquela merda não é como aqui
Se LCR está tagado em tantas praças
Tu vai-me a Xangai que até te passas
[Verso 2: Nocas]
Freguesia periférica com ética própria
Realista é a ótica nesta rota algo caótica
Que se torna perigosa se não te for próxima
Na rua e na hora errada pagarás a tua cota
Gente simples bairrista sem tento na língua
Onde o mais cara podre é aquele que vinga
Narcotráfico pesado é circulado na esquina
Mais um ressaca mais uma família destruída
Casais discutem com o uso do punho
E os vizinhos concentram-se para ver o barulho
Cotas no fundo de desemprego no café a fumar
A treinar a bancada e a pôr a cusquice a rolar
Putos em Custóias com chavalas grávidas cá fora
Aumentam o drama e o panorama só piora
Aldoar põe-te à prova daquilo que és capaz
Arlindo e Ricky descansem em paz
[Refrão: Nocas e Berna]
Se fores a Aldoar mostra o teu BI
Porque aquela merda não é como aqui
Se LCR está tagado em tantas praças
Tu vai-me a Xangai que até te passas
Se fores a Aldoar mostra o teu BI
Porque aquela merda não é como aqui
Se LCR está tagado em tantas praças
Tu vai-me a Xangai que até te passas
[Verso 3: Berna]
Foi lá que nasci lá permanecem as minhas raízes
Foi lá quando puto fiz as primeiras cicatrizes
No solo que controlo como a palma da minha mão
De tanto pisar vezes sem conta a ver parar o mesmo people
Nos mesmos sítios nas mesmas horas
Amigos tornam-se mais íntimos inimigos mais fodidos embora
Fiz irmãos que poriam um filho único alegre
Tenho os de sangue e os das ruas onde Aldoar é a sede
Com eles parei partilhei paivas conversas
Questões valores que no presente a muita gente não interessa
Cada cabeça cada sentença não confies em nenhuma
Quando estranhas a frequência da sua presença
Tudo se move por interesses na pobreza e no luxo
Qual dos dois o mais honesto adivinha não é preciso seres bruxo
Para desvendares o enigma
Ladrão que rouba ladrão há de ter o perdão como sina
[Refrão: Nocas e Berna]
Se fores a Aldoar mostra o teu BI
Porque aquela merda não é como aqui
Se LCR está tagado em tantas praças
Tu vai-me a Xangai que até te passas
Se fores a Aldoar mostra o teu BI
Porque aquela merda não é como aqui
Se LCR está tagado em tantas praças
Tu vai-me a Xangai que até te passas