A Vez e a Voz da Paz
Vê que a própria vida pra nascer requer amor
E o que se busca no amor é se encontrar
Um equilíbrio que permita não ficar mercê do mal
Se tal não houver o homem só, perdido em sua solidão
Fabrica um mundo onde o amor não tem mais voz
Não reconhece em ninguém mais um seu irmão
De ser humano, perde a condição
E em sua mente quase anormal
Napalm, obuses, canto marcial
A solidão formou um homem mau
E destruir passou a ser seu fim
E tudo corre para a dor final
Em cada morte vê-se renascer
Somente o sangue pode atenuar
O desamor que a solidão causou
Um ser assim, não sabe construir
Forjado pela dor só sabe destruir
O mundo quer matar
Pudesse o homem só saber o que é o amor
E lhe entregar o coração e a razão
E haveria um poeta em cada ser
Se o mundo ouvisse o que o amante quer
Então seria a vez e a voz da paz
Seu porto é um corpo de mulher
E haja o que houver
Seja o que o amor quiser