Negão nas parada
Eu vou pro Estácio, negão
Parece fácil, nénão
No tempo do lotação
Já era rúim, hoje então
Mas só no Estácio, negão
Batuca o meu coração
Parece papo, nénão
Naquele chão é que se cria
A picardia, a fidalguia
Eu vou pro Estácio, negão
Que de metrô? Nã-nã-não!
Joguei, fiquei sem tostão
Eu vou movido a limão
Aí, no Estácio, mermão
Acerto a tal transação
Tu fica frio, negão
Qu'esses cabôco é tudo lôco e hoje eu tô um pôco rôco
Tu vem trazendo a seda de primeira na algibeira pro canudo
Eu tô que tô, pô!
E o recheio é da boliviana
Das Guianas, do Himalaia, tás com tudo, ô
O Dunga vai te dar a cobertura
Esse é bandido joia e cana dura
Chegado num pagode com morena, sangue bom
É meu bróder
Eu vou pro Estácio, negão
Tô parecendo avião
Fiz por você. Condição
Eu não repito mais, não
Tô cheio que nem balão
Num gosto de confusão
Chegando aí, coração
Tu solta o meu e pega o teu
Pois quem sou eu?
Valha-me, Deus
Ceceu me disse que Eunice, se te visse na rua
Chamava logo a Entorpecente e te sentava a pua
Mas que se Eunice persistisse nesse erro primário
Paulo Amarelo aparecia sem cobrar honorário
Tô de saída, negão
O Estácio é fácil? Nénão
No tempo do lotação
Já era rúim, hoje então