Quando a Carne Alimenta a Carne
Alexandre Sankor
Nossa centelha dorme na pedra, sonha na planta
Condicionando-se no animal
A nossa ceia, cresce da terra, junta-se ao prana
Alimentando o ser hominal
Quando a carne alimenta a carne
O ser que pensa vai na contra-mão
Se o primata não tinha maldade
Hoje o homem tem evolução
Se você não vê a crueldade
Disfarçando sua omissão
Tem na mesa a culpabilidade
O sangue exposto de um menor irmão
A dor alheia não te penetra como na faina
Da faca cega que corta o animal
Que esperneia na morte certa
Luta com gana por um segundo de vida fatal