O Bailado Das Folhas

Alfredo Marceneiro / Henrique Rego

Foi numa pálida manhã de Outono
Soturna como a cela dum convento
Que num vetusto parque ao abandono
Dei largas ao meu louco pensamento

Cortava o espaço a lamina de frio
Que impunemente as nossas carnes corta
E o vento num constante desvario
Despia as árvores da folhagem morta

Folhas mirradas como pergaminhos
Soltas ao vento como os versos meus
Bailavam loucamente p’los caminhos
Como farrapos a dizer adeus

Das débeis folhas lamentei a sorte
Mas refleti depois de estar sereno
Que bailar à mercê de quem é forte
É sempre a sina de quem é pequeno

Desde então, o meu pobre pensamento
Fugiu para não bailar ao abandono
Como a folhagem que bailava ao vento
Naquela pálida manhã de outono

Wissenswertes über das Lied O Bailado Das Folhas von Alfredo Marceneiro

Wer hat das Lied “O Bailado Das Folhas” von Alfredo Marceneiro komponiert?
Das Lied “O Bailado Das Folhas” von Alfredo Marceneiro wurde von Alfredo Marceneiro und Henrique Rego komponiert.

Beliebteste Lieder von Alfredo Marceneiro

Andere Künstler von Fado