Super-Homem, Astronauta
Saiu de casa
Feito um cachorro
Rabo entre as patas
Pediu socorro
Ao seu silêncio
Desconcertado
Caiu de quatro
Em pensamento
E ninguém viu quando ele tombou
Feito uma fruta madura
Trancando a rua por mais de hora
Reuniu pessoas mas não jornais
Super-Homem, Astronauta
Plano de voo exemplar
Braços abertos, asas de cera
Nem o sol pode parar
[Reborn]
Cansado de sonhos irregulares
Já não mais cabem palavras pra tantos pesares
E nos lugares que navegava
A dama de branco lhe acompanhava em meio à encruzilhada
Arquitetou novos ares, fez da vida um malabares
Foi súbita a tempestade
Mirou raios solares pra alçar seus voos
Só que agora exemplares
[Miroez]
Mas quando o chão faz parar de respirar
Se torna o céu de ponta-cabeça
E não há quem possa mas tem quem pense
Na perspicácia daquela poça que só repassa
Que só não sente
O bagulho fica russo quando o rosto roça
Raças rezam e resolvem nada
E o cosmonauta na missa sabe, no fim
Alegoria grega nenhuma salva
Só que ninguém, ninguém quer saber
Seus motivos pra acordar
Seus motivos pra sair
Seus motivos que não há
Super-Homem, Astronauta
Mirou os raios solares, pra alçar seus voos
Só que agora exemplares
Braços abertos, asas de cera
Raças rezam e resolvem nada
Não há nada que te salve, irmão
Super-Homem, Astronauta
Plano de voo exemplar
Braços abertos, asas de cera
Nem o sol pode parar
Super-Homem, Astronauta
Mirou os raios solares, pra alçar seus voos
Só que agora exemplares
Braços abertos, asas de cera
Raças rezam e resolvem nada
Não há nada que te salve não