Espelho Deslizante
Celito Espíndola / Guilherme Rondon / Paulo Simões
paixão quando verdadeira
nem sempre é inteligente
tentei de qualquer maneira
saber como ir em frente
a lua do nosso amor
entrou em quarto minguante
restou a sombra do que foi antes
se amar fosse brincadeira
podia ser diferente
a dor chega sorrateira
e vai dominando a gente
o sol precisa se por
pra que a manhã se levante
e o meu coração é semelhante
inútil se discutir agora
se nunca nenhum de nós cedeu
a vida deve levar as mágoas pela vazante
saudade é um rio murmurante
inútil se discutir agora
se nunca nenhum de nós cedeu
pra que me desesperar
se olhando aqui da varanda
o tempo é um espelho deslizante
prefiro me retirar
além de ser elegante
pescar ainda é o melhor calmante