O Azar É Festa
Deixei de ser um quarqué
Já não como mais angu
Hoje sou um coroné
Não sou mais Jeca Tatu
Aqui hoje tem fartura
Tá sobrando até feijão
Bebo leite sem mistura
Como carne e requeijão
O meu cachorro estimado
Já deixou de ser sarnento
Tem um terno alinhado
E seu próprio apartamento
Eu lavo todo o leitão
Com perfume importado
Quando ele entra no facão
Sai toicinho perfumado
Até mesmo a galinhada
Hoje anda bem grã-fina
Vive toda enfeitada
Tem um galo em cada esquina
Se arguma coisa não presta
Isso não vou discuti
Pra mim o azar é festa
O que eu quero é diverti