Antiga
Ana Costa / Zélia Duncan
Às vezes fico antiga
Meus olhos ficam íntimos da vida
Vejo as florestas como quem conheceu as sementes
Vejo os rios como quem bebeu nas nascentes
Aceito o tempo
Me alimento
e aprendo alguma coisa
Gosto das idades, das verdades
que mudam com a cor dos cabelos
Dos reis, plebeus, de sangue vermelho
Gosto do que é humano, do que é quase falha
Gosto do que abala a equação
Eu gosto de ouvir meu coração