Ensaio Sobre a Barbárie
Vejo de longe pessoas tão perto
Desafiando a sorte
Que num sussurro
Espalha o gosto do azedo
Desfaz do aviso tão repetido em todos os cantos
Ri, não vê o perigo
É sempre invenção
Mesmo vendo a morte bater
A porta vizinha
É perto demais pra não crer
A cara desnuda
Sorri e ainda não vê
Pessoas viram números todo dia na TV
E você troca o canal
Vive no seu mundo sem escutar nada
Profana tantas palavras ácidas
Defende seu semideus
Pessoas viram números todo dia na TV
E você troca o canal
Vive no seu mundo sem escutar nada
Profana tantas palavras ácidas
Insiste no seu mundo e, sem escutar, fala
Profana mesmas palavras ácidas