Começou a guerra
Ya ya ya
Sejam todos bem-vindos
Mano Azagaia na casa
Rufus pensou em mim quando estava a fazer este beat, meu irmão
Eu chamei a Helena Rosa
Só dever, meu irmão
Afinal de contas quem é que manda aqui
Os dólares ou os meticais daqui
Nem uma, nem outra coisa
Nem em a Freli, nem o FMI
É o sangue derramado pelo povo em batalha
Que deixou as armas e hoje só trabalha
E é claro que se atrapalha com o salário da miséria
Nada muda, só a marca da cerveja na geleira
Novela é Brasileira mas o filme é nacional
E agora estreia o crime internacional
Uns roubam em rede de forma oficial
Outros roubam com visa, roubam com PayPal
Mas a verdade é uma e a terra também é uma
Só lançando sementes é que brota a nossa fortuna
Enganaram-nos com Whisky
Enganaram-nos com surruma
Mas a melhor viagem é do Maputo até o Rovuma
Ver o nosso povo trabalhar a nossa terra
Nós nascemos da guerra
Então morremos na guerra
Sim vamos
Não reclama
Vive pelo drama
Morre pelo que ama
Vem vamos
Não reclama
Vive pelo drama
Morre pelo que ama
Sim vamos
Não reclama
Vive pelo drama
Morre pelo que ama
Vem vamos
Não reclama
Vive pelo drama
Morre pelo que ama
Começou a guerra
Em cada semente que a gente enterra
Do Verão até o Inverno
Não há Outono e nem Primavera
Isto é Moçambique
Não é xique, aqui é xitique
Não ficamos americanos
Por mais que a fome nos obrigue
Muito menos chineses ou país que quiserem
Podem vir com dívidas ou as línguas que quiserem
As crianças vão sorrir aquele sorriso de Samora
Os ladrões estão aqui mas amanhã mandamos embora
Ainda vai chegar a hora, podem vir com eleições
Discussões, palavrões, conexões e charlatões
Não cortamos relações
Ensinamos com a verdade
Não pensem que nos dominam
Porque dominam a cidade
Dormiram na cidade, pensam que sabem do país
Comeram a fruta e pensam que sabem da raiz
Infeliz é aquele que não sabe o seu dever
Não vim fazer rap, vim pôr o povo no poder
Sim vamos
Não reclama
Vive pelo drama
Morre pelo que ama
Vem vamos
Não reclama
Vive pelo drama
Morre pelo que ama
Sim vamos
Não reclama
Vive pelo drama
Morre pelo que ama
Vem vamos
Não reclama
Vive pelo drama
Morre pelo que ama
Ah ah vocês pensam o quê?
Que são os carros e o dinheiro que definem o nosso povo
Os filmes e as novelas
E que depois de nos amamentarem
Esquecemos as nossas mães
Não perdem por esperar
Vamos geração que temos pés levantar
A geração vai viver só pelo dever
Só pelo dever
E está escrito que vocês vão ver, irmãos
O povo no poder