A Massa
A dor da gente
É dor de menino acanhado
Menino bezerro, pisado
No curral do mundo a penar
Que salta aos olhos
Igual a um gemido calado
A sombra do mal-assombrado
E a dor de não poder chorar
A dor da gente
É dor de menino acanhado
Menino bezerro, pisado
No curral do mundo a penar
Que salta aos olhos
Igual a um gemido calado
A sombra do mal-assombrado
E a dor de não poder chorar
Moinha de homens
Que nem jerimuns amassados
Mansos, meninos, domados
Massa de medos iguais
Amassando a massa
A mão que amassa a comida
Esculpi, modela e castiga
A massa dos homens normais
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa
A dor da gente
É dor de menino acanhado
Menino bezerro, pisado
No curral do mundo a penar
Que salta aos olhos
Igual a um gemido calado
A sombra do mal assombrado
E a dor de não poder chorar
Moinha de homens
Que nem jerimuns amassados
Mansos, meninos, domados
Massa de medos iguais
Amassando a massa
A mão que amassa a comida
Esculpi, modela e castiga
A massa dos homens normais
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa
Nunca mais mim fizeram aquela presença mãe da massa
Da massa que toca mandioca mãe da massa
A massa comia e passa fome mãe da massa
A massa que toca mandioca mãe da massa
Lelé, meu amor, lelé
Lelé, meu amor, lelé
No cabo da minha enxada
Não conheço Coroné
No cabo da minha enxada
Não conheço Coroné
Eu quero, mas não quero, camará
Mulé minha na função, camará
Vai tá livre de um abraço, camará
Mas não tá de um beliscão
Torna a repetir meu amor, ai, ai, ai
Torna a repetir meu amor, ai, ai, ai
É que o guarda civil não quer
A roupa no quarador
É que o guarda civil não quer
A roupa no quarador
Meu Deus, onde vai
Parar essa massa
Meu Deus, onde vai
Parar essa massa