À Moda Antiga (Uma Nova Esperança)
[Verso 1: Bob Da Rage Sense]
E sempre que eu, estou parado bem à beira do abismo
Pergunto-me a mim mesmo se valeu correr o risco
E esses anos que passaram foi só tempo perdido?
Não, não me sinto nem um pouco arrependido
Passei dias e noites no laboratório
A ignorar o refeitório e dar asas ao repertório
Olha bem p'ra minha cara, nunca fui um acessório
E esse ramo nunca foi como serviço obrigatório
Antes era aclamado como herói, agora sou o vilão
Por optar dizer não, quando o assunto é cifrão
O que fazem com o Hip-hop é insultuoso
A fama das redes sociais é um egocentrismo vergonhoso
Putos escrevem como se não houvesse temas
As letras hoje em dia não denunciam a vida extrema
Não têm o valor de um poema, esse é o dilema
Rimar futilidades interessa a quem vive do sistema
Ainda não vi tudo mas já vi o suficiente
Como os intrusos inclusos na hora do expediente
A mente supera a matéria mas nessa atmosfera
Não se respira sem que se contraia uma bactéria
O futuro foi destruído e só vejo miséria
A moda matou a palavra da China à Nigéria
[Refrão: Sp Deville & Bob Da Rage Sense]
Tudo o que eu faço é à Moda antiga
Os valores do meu passado vêm da minha família
Criei o meu espaço, vivo a minha vida
E tudo o que eu trago são palavras vividas
Tudo o que eu faço é à Moda antiga
Os valores do meu passado vêm da minha família
Criei o meu espaço, vivo a minha vida
E tudo o que eu trago são palavras vividas
[Verso 2: Bob da Rage Sense]
Se manos são o novo Sam, eu sou o novo Nas
Se pausarmos numa jam muitos acabam como o Pras
Não pus clássicos nas rádios com rimas de 8 bars
Há lugar p'ra todos desde que cada um saiba o seu lugar
Putos agora fumam e acham que estão prontos p'ra ação
Rimar sem noção, no poder desta expressão
O que antes era um instrumento de libertação
Hoje em dia é música p'ra distração
Agora vou dedicar a minha dor, o meu amor e o meu suor
A outro exercício libertador
Não escrevo só p'ra ser ouvido, se não for compreendido
Não faz sentido, nem mudo só p'ra ser aplaudido
E sabem, nem toda a gente pode ser tudo
Não se pode querer ser Mc e ao mesmo tempo mudo
A vingança é um sentimento mesmo estúpido
Porque entre a flecha disparada
E o alvo devia estar um cupido
No meio, a disparar clássicos sem receio
Mas querem fazer disso um recreio
Sentimos a força nestes versos como Obi Wan e skywalker
Atiro rimas a mesa como se fosse poker
Profético mas quiseram fazer de mim um Caim
Escrevi uma Bíblia, filisteus dizem que escreveram por mim
Razão pela qual sempre fui um grande Mc
Prefiro morrer no meu sangue do que morrer no meu xixi
Robbie Wan kenobie e Deville, somos educadores de infância
A nossa música transcende não sobrevive à distância
[Refrão: Sp Deville & Bob Da Rage Sense]
Tudo o que eu faço é à Moda antiga
Os valores do meu passado vêm da minha família
Criei o meu espaço, vivo a minha vida
E tudo o que eu trago são palavras vividas
Tudo o que eu faço é à Moda antiga
Os valores do meu passado vêm da minha família
Criei o meu espaço, vivo a minha vida
E tudo o que eu trago são palavras vividas