Polução Noturna
Dinho Almeida
Olha as colchas da manhã
Pernas de algodão
Leite escorre no colchão
Eu não, e esse sol
Pra quê me acordar assim?
E se eu não voltar?
Vi meu corpo amanhecer
Não pude esperar
Me sentia quase lá
Foi bom, e passou
Por mim
Como aquele olhar
Como assim, à toa?
Como sim
Até você, se bobear, à toa
Polução, polução
Polução noturna