Carta ao Mar
Calmo como camomila
No chá mate da matina
o som que segue minha noite
Faz a trilha
preso nessa ilha
em meio a tanta magia
o caos a minha frente
não alcança a maresia
vida leve vida solta
vida breve como onda
na beira da maré moto ronca
na beira do precipício a gente voa
Os amigos presente é coisa boa
a gente se envolvendo a coisa é louca
escuto o som do mar
sinto o sal na sua boca
enquanto a gente beija
o contato da nossa pele
cheia de areia
O vento dando
dando movimento
aos seus cabelos negros
Escurece o meu sol
que só brilha quando te vejo
/ vem comigo e perde a noção /
Torrada de sol
Sereia de mar aberto
não cai nesse anzol
a sorte é minha de te ter por perto
e eu tô em prol
de tombar nessa água
até sentir que não dá pé
fundo no mergulho atrás de ti
eu vo na fé
momento indescritível
a nossa vibe é outro nível
um som largado
um baseado
a gente escreve um livro
sem pensar muito em como vai terminar tudo isso
a fórmula perfeita para matar o meu vício
Eu sinto um vento longo
Batendo no meu rosto
O peso no meu ombro
e a explicação no céu
Eu vejo tudo torto
Eu como um esboço
borrado sem contorno
num pedaço de papel
você como a artista
define minhas linhas
medesenha com dedo
como se fosse um pincel
me jogou suas tintas
cores e mais vida
tudo porque eu tive
o seu toque com o meu
essa carta eu botei na garrafa e longe ao mar
é só assim que eu sei falar