Miller

Gabriel Maran, Guilherme Zomer

Eu tenho olheiras profundas
Causadas por noites profundas, insônias profundas
Olhando pra dentro dessa alma profundas o abismo me olha de volta
Meus demônios sussurram para que eu escreva uma carta de despedida
Outros demônios gritam que eu deveria partir sem avisar
O lirismo me impede de ser claro, dou um sorriso raro
Ao escrever esse lamento me amparo
Me perco entre lágrimas que se confundem ao orvalho
O eterno retorno das águas de março
Ensaio todo dia a extrema fraqueza
Convivo aos laios todo dia com a extrema pobreza, de alma
E acalma a minha ignorância
Reflexo dessa sociedade, sem nenhuma esperança
E as melodias que se perdem entre pernas e olhares
E as histórias e magias de outros lugares
A minha vontade é fugir com você por aí
Com poesia na mochila e um sentimento
Que me faz sorrir
Que me fez andar
Que me fez cair
Que me faz cantar
Até delirar em nosso erro e repeti-lo todos os dias
Pois cada um sabe o sentimento que traz dentro do peito
Quando olhei nos seus olhos não queria mais nada
Só me perder no mar
E nesse céu negro cheio de estrelas
Não deixe coisas que tirem sua razão afligirem teu coração
Evapora toda aflição
Só luz e sombras no meu campo de visão

Eu vou correndo pros seus braços
Nos meus laços de afeto
Só quero quem eu amo por perto
Eu vou correndo pros seus braços
Nos meus laços de afeto
Só quero quem eu amo por perto

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