Quimera
Eu corro...
Corro demais
Pra longe de mim
E de você...
Quantos labirintos enfrentei até aqui?
Qual é a saída para a sina de existir?
Animal domesticado indo pra jaula
Em um mundo de ilusões, dando pala,
Dando bala, bebê igual opala
Olha aí, o meu silêncio disse sim
Escutei - ouvi a folha cair
Refleti, pra onde nós vamos assim
Querendo julgar os outros sem nunca olhar pra si?
Que tempo é que se fala do amor sem o prazer?
Da dor de solução à solidão de cada ser?
Quantos labirintos enfrentei até aqui?
Qual é a saída para a sina de existir?
Essa janela abriu o autoconhecimento
O encontro entre ação e pensamento.
Aqui é o vapor, o que cê quer usar?
Alguma droga que me dê razões pra acreditar
Troque de canal, veja a vida real
Assuma um papel no circo social
Quem não pega o seu fica com o que sobra,
Colando cacos e multiplicando nossas sombras
Cordas bambas, artificiais,
O abismo entre os fatos e os ideais
No convívio com a fome e a opressão
Só não se importa quem não tem os pés no chão
Eu não sei de nada mas posso afirmar:
A essência tá na roda viva a girar.
Nós quem somos responsáveis pela tradição
Guerra e paz coexistindo em meu coração
Que tempo é que se fala do amor com duração?
Transforma nossos sonhos em disputa e ambição?
Eu sinto... Sinto demais.
O que vou fazer?