Número Um
Passaste hoje ao meu lado
Vaidosa de braço dado
Com outro que te encontrou
E eu relembrei comovido
Um velho amor esquecido
Que o meu destino arruinou
Chegaste na minha vida
Cansada e desiludida
Triste mendiga de amor
E eu, pobre, com sacrifício
Fiz um céu do teu suplício
Pus risos na tua dor
Mostrei-te um novo caminho
Onde com muito carinho
Lembrei-te numa ilusão
Tudo, porém, foi inútil
Eras no fundo uma fútil
Fostes de mão em mão
Satisfaz tua vaidade
Muda de dono à vontade
Isso em mulher é comum
Não guardo frios rancores
Pois dentre os seus mil amores
Eu sou o número um.