Boneca de Pano
Assis Valente
Boneca de pano
Gingando num cabaré
Poderia ser benequinha de louça
Tão moça, mas não é
Poderia ser bonequinha de louça
Tão moça, mas não é
Um dia alguém a chamou de boneca
E ela, sendo mulher, acreditou
O tempo foi se passando
E ela se desmanchando
E hoje quem olha pra ela não diz quem é
Em vez de boneca de louça
Hoje é boneca de pano
De um sombrio cabaré.