Onde aprendeu a andar
Muito tempo longe de casa, ela já não tem mais a ilusão
Sobre qualquer lugar
Vai voltando pela mesma estrada em que um dia seu coração
Palpitou ao passar
Logo depois que a curva se abriu, lembrou que tentou fugir
Daquela garota tão cheia de solidão que era há anos atrás
Acordou quando alguém lhe sorriu, a convidando à sair
A mesma garota pisando naquele chão onde aprendeu a andar
Cada coisa evoca uma história, até porque quase nada mudou
E é difícil esquecer
Lojas, ruas, becos e bares, alegrias, decepção
Tudo que a viu crescer
Quase tudo que a viu partir ainda estava ali
O primeiro amor, a primeira contradição e o medo de chorar
Ninguém acenou ou lhe sorriu, seu ventre havia crescido
Aquela garota pisando naquele chão onde aprendeu a andar
Está parada na porta de casa, em seu peito, uma interrogação
Só entrando pra saber