Entre o Galpão e a Mangueira
Tanta cosa' aqui se passa, uma conversa parceira
Uma costura bem feita ponteando uma corda chata
Um truco bem orelhado pra os ressábios de um embido
E a bendição da cachaça na volta de algum bolicho
A poeira das invernadas que vem nas patas dos bois
A voz antiga do avô na sombra dessas ramadas
É no palanque cravado que a alma da curunilha
Estira a alma de um potro bem antes de uma rendilha
Estira a alma de um potro bem antes de uma rendilha
É na soltada do gado
Que se impacienta meu Mouro
Aliviando a porteira
Pra os causo de algum estouro
Tanta milonga que vem
Ao repensar minha raça
Ao reencontrar meu sinuelos
Junto ao fogão e a fumaça
É na soltada do gado
Que se impacienta meu Mouro
Aliviando a porteira
Pra os causo de algum estouro
Tanta milonga que vem
Ao repensar minha raça
Ao reencontrar meu sinuelos
Junto ao fogão e a fumaça
Às vezes, alguma estrela, lacrimejando um recuerdo
Recria a copla perdida que eu esqueci em mim mesmo
Ou na alegria tamanha nos olhos do meu Oveiro
Que espicha a alma de perro no catre, junto aos arreios
Tristeza, aqui, eu assumo, sempre assumi bem jujada
Deixo, no más, que se renda aos feitiços da guitarra
Entre o galpão e a mangueira, a vida é bugra e enfeitiça
E retempera os aprontes pras investidas da lida
E retempera os aprontes pras investidas da lida
É na soltada do gado
Que se impacienta meu Mouro
Aliviando a porteira
Pra os causo de algum estouro
Tanta milonga que vem
Ao repensar minha raça
Ao reencontrar meu sinuelos
Junto ao fogão e a fumaça
É na soltada do gado
Que se impacienta meu Mouro
Aliviando a porteira
Pra os causo de algum estouro
Tanta milonga que vem
Ao repensar minha raça
Ao reencontrar meu sinuelos
Junto ao fogão e a fumaça