Na Solidão de Algum Posto

CESAR OLIVEIRA / Rogerio Villagran

Solito e manso na solidão de algum posto
Pensando longe mateio bombeando a lua
Quando a lembrança se potreia e vira as garra
Sempre me agarra sentindo saudades tuas

Se eu não tivesse que andar rolando o mundo
guasqueando a sina de ter nascido encruado
acolherava minha estampa em tua alma
Serena e calma eu deixava de andar alçado

Foi o destino que fez com que eu me perdesse
Pela distância que se agranda e me carrega
Com meu sombreiro debochando das tormentas
Das que arrebenta escabelando macegas

De ponta a ponta vou cruzando esta querência
Golpeando potro e pechando boi nos refugos
Pois não me entrego nem pra o guascaço mais forte
Só mesmo a morte pode me quebrar o sabugo

Pra querendona flor de prenda meu amor
Eu ofereço minha estampa de campeiro
E se o tempo não se fizer de carancho
Eu ergo um rancho n'algum recanto fronteiro

Pra escora o golpe das galopeadas do inverno
E vento que assovia das bibocas
A quincha grossa de santa-fé e estaladeira
Será trincheira pra um teatino e uma chinoca

E quando o sol brilhar mais cedo e mais forte
E a primavera alvorotar o meu rincão
Serei mais taura em domas e gineteadas
Das campereadas erguerei poeira do chão

E a flor mais linda que florescer será ela
Frente ao galpão no clarão de um riso largo
Pra me dá um beijo quando eu voltar estropiado
Pedindo agrado de carinho e mate amargo

Wissenswertes über das Lied Na Solidão de Algum Posto von César Oliveira

Wer hat das Lied “Na Solidão de Algum Posto” von César Oliveira komponiert?
Das Lied “Na Solidão de Algum Posto” von César Oliveira wurde von CESAR OLIVEIRA und Rogerio Villagran komponiert.

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