Ciclone

nado em qualquer espaço,

minha mente é um oceano vasto,

me faz mais resistente que o próprio aço,

avanço no descompasso,

e pra não tropeçar,

amarro o meu cadarço.

porém meu ponto fraco é que,

sinto seu corpo nu,

não pode faltar você no menu,

tu é meu mais complicado Déjà vu.

não vejo fantasmas mas,

ti vejo pela casa uma gracinha,

com aquelas fatais marquinhas,

quero ligar pra você adivinha,

pra gente foder,

na sala, na cama e na cozinha.

sem você é um caos.

não me julgue não é só curtida,

quero me engraçar contigo minha salva-vidas,

pois sem ti é um beco sem saída,

não importa o quão longe na minha ida,

minha mente sempre joga em mim a atrevida.

odeio museus mas,

lembro do seu sorriso naquela prainha,

areia, ondas e caipirinha,

sua voz dizendo que era boazinha,

a rainha das entrelinhas.

mesmo assim eu amo,

quero me fundir com seu carbono,

é tão incrível como me apaixono,

por você, só você,

tantas vezes eu quero te ver.

talvez um dia tenha um jeito de consertar,

do que esse mundo fez de incerto,

eu transformo em bem perto,

pra te sentir navegar,

muito além de voar.

por todo o céu de nossa serenidade,

não conheço maior liberdade,

estar do seu lado pra viver e te admirar,

ver seus olhos brilhar,

não me canso de te cortejar.

infinitas vezes,

pronunciar em megafone,

sou o seu romeu de saxofone,

não sou um tubarão eu sou um ciclone,

e vou tocar seu interfone,

e dizer

que sempre,

sempre vou me importar,

por todos os meses cuidar,

quero te realizar e apostar o confiar,

ignorando qualquer regular,

avançar,

de lugar em lugar com você,

pedir pro padre nos abençoar.

têm coisas que não da pra explicar,

tipo a emoção no meu peito que me deixa tão sem ar.

é você

é você.