Labiríntica
Yuri Amorim
Bestas camufladas, Bestas camufladas
Bestas comem fadas, Bestas comem fadas
Sou prisioneiro de mim
Em corredores no breu
Fantasmagóricas vozes
Que se afundam no eu
E se enterram, e se afogam
No que é o lastro do meu
Navio flamejante
Que se consome e me transforma no cais do caos
Cores fantásticas
Vidas elásticas
Que se deformam em aberrações
Sonhos ferozes
Monstros Atlânticos
Demônios espaciais
Vizinhos pacíficos
Vão povoando aos poucos os meus abissais
Não há pra onde ir
Não há pra onde fugir
Não há saída aqui
Meu mundo é o pingo do i.