Casa de Papelão
[Verso 1]
Olhos nos olhos sem dar sermão
Nada na boca e no coração
Seus amigos são um cachimbo e um cão
Casa de Papelão
Olhos nos olhos, preste atenção
Olha a ocupação
Só ficou você, só restou você
Uivo louco, sangue em choro
Pra agradar opressão
[Refrão]
Não de foice ou faca, esquartejada
A alma amarga amassa a lata
Estoura pulmão
Toda pedra acaba, toda brisa passa
Toda morte chega e laça
São pra mais de um milhão
Prédios vão se erguer e o glamour vai colher
Corpos na multidão
[Interlúdio]
Na minha mente várias portas
E em cada porta uma comporta
Que se retrai e às vezes se desloca
E quantos segredos não foram guardados nessa maloca?
Flutuar no céu poluído da cidade e beber toda sua mentira
Esperança míngua, torneira sem água
Moeda? É religião que alicia
Vamos cantar pra nossos mortos
Vamos chorar pelos os que ficam
Orar por melhores dias
E se humilhar por um novo abrigo
[Refrão]
Não de foice ou faca, esquartejada
A alma amarga amassa a lata
Estoura pulmão
Toda pedra acaba, toda brisa passa
Toda morte chega e laça
São pra mais de um milhão
Prédios vão se erguer e o glamour vai colher
Corpos na multidão