Mulher à Janela
Nunca aquele portão se abre
Tão é a janela
Que lá os campos se veem nos olhos dela
O rio a floresta enlaça em coroa de azul
E pedras que verde vão passando corças esbeltas
E as runas
Dos jogos de amor nada sabe
Mas devem ser belos
Pois é tão grande a saudade
Anseiam por abraçar e nada mais têm p'ra beijar
Que o seu próprio ombro redondo
Meigo e gelado
Grande saudade