Quero Ver Nietzsche No Samba, Chorar
Há quem diga que é de gelo
Há quem diga é só razão
Há quem pense que ele explica,
As dores do coração
Nunca esteve num barraco
Lá no morro de Mangueira
Não cantou partido alto
Não dançou na gafieira
Sim, no samba a gente chora.
Quando perde um mestre bamba,
Quero ver Nietzsche chorar no
samba
Nunca ouviu o som do surdo
Na marcação
Nunca ouviu um bom cavaco,
Bom pandeiro e violão
Nunca viu na avenida
A Verde e Rosa de pé no chão
Um repique, um tamborim.
No calor da dispersão
Sim, no samba a gente pede,
Pra ele nunca terminar
Quero ver Nietzsche no samba,
chorar
Deixa meu samba fluir
Deixa meu povo sambar
Eu quero ver Nietzsche
chorar
Há quem diga que é de gelo
Na marcação
Nego pensa que ele explica
Um pandeiro e um violão
Nunca esteve num barraco
Verde e Rosa e pé no chão
Não cantou partido alto
No calor da dispersão
Sim, no samba a gente chora
Pra ele nunca terminar
Quero ver Nietzsche no samba,
chorar