A morte do vaqueiro
Luiz Gonzaga
Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar, tão dolente a cantar
Tengo lengo tengo lengo tengo
ê gado ô
Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão seu cantar meu irmão
Tengo, lengo tengo lengo
ê gado ô
Sacudido numa cova
Desprezado do senhor
Só lembrado do cachorro que ainda chora a sua dor
É demais tanta dor, a chorar com amor
Tengo lengo tengo lengo
ê gado ô