Mãe da Minha Mãe

Deau

[Verso 1]
(Hey) Confundo a tua voz com o silencio
Aos anos que o teu toque é tudo menos denso
Penso como serias agora
Preso na imagem que tinhas outrora
Embora tenhas ido embora
Sou como uma mulher de volta
Que espera de volta o marido
Sem sabe-lo morto ou vivo
Enquanto ele caminha camuflado
Numa guerra sem sentido
Imagino tantas formas caso te encontrasse pelo caminho
Tenho 22 anos e procuro-te desde os 5
Farto deste jogo das "escondidinhas" esquisito
Quando era pequeno disseram-me que tinhas ido para outro sitio
Onde tudo era puro e lindo
Não me acredito nisso, se assim fosse
Tinhas levado os teus netos e filhos contigo
Não são negativos que revelam a tua vida
Mas para mim foram mais que uma mera fotografia
Que a minha alma encaixilha num passepartout
Com espaço para os dois
Um passo entre eu e tu é muito longe e hoje

[Refrão]
Guardo nos olhos as covas do teu sorriso
Na pele o teu cheiro, a tua voz nos meus ouvidos
A tua mão nos cabelos, os teus lábios mantenho-os vivos
Beijando a minha face em que o tempo os faça perdidos
Ou então, lágrimas caem pelo rosto que não secam
Regam as plantas do jardim da recordação
Deixando um trilho para que os corpos não se percam...
Oh.. Vó

[Verso 2]
Vem ver-me a andar de bicicleta à volta do bairro
Com o joelho esmurrado, cheio de terra, ensanguentado
Não me mandes parar porque sabes que é escusado
Ensinaste-me a não ser fraco
Paro quando sentir que já não caio
Ensinaste-me a amar em lugar do ódio
A perdoar o próximo quando não se perdoa a si próprio
Ensinar os outros dando o melhor que somos
A maior vitória é transportar o inimigo aos ombros
Valorizar o que nos valoriza, a riqueza dos loucos
Acreditado o nosso sonho, torna-o ao alcance de todos
Enquanto o cordeiro não fizer frente o rebanho foge ao lobo
O mundo só vai saber quem tu és se, como tu existirem poucos
Uma vez deu-me uma fisga e disse para no lugar da pedra colocar um saco com sementes e lança-las a terra
É só para teres ideia o tipo de pessoa que era
Num campo de batalha ninguém gera vida com armas de guerra
Amou-me de forma pura, só me pediu em troca que a guardasse na memoria depois da morte lhe bater a porta
A minha irmã tem o seu nome em sua homenagem
Porque há coisas que nem com a morte se desfazem

[Refrão]
Guardo nos olhos as covas do teu sorriso
Na pele o teu cheiro, a tua voz nos meus ouvidos
A tua mão nos cabelos, os teus lábios mantenho-os vivos
Beijando a minha face em que o tempo os faça perdidos
Ou então, lágrimas caem pelo rosto que não secam
Regam as plantas do jardim da recordação
Deixando um trilho para que os corpos não se percam...
Oh.. Vó

[Refrão 2]
E eu juro, jamais, vou-me esquecer de ti
Ouve eu juro, eu jamais... Crescido eu percebi
Que aquilo que me ensinaste à um tempo atrás
Que aquilo que Ele leva, não trás
Só deixa as memórias, dias e horas que avivam histórias que deixam marcas e fazem com que tu não te vás

[Verso 3]
Qual Channel ou Gabbana, avental ou chinelo é assim que andava a minha rainha suburbana
O seu carácter continua no meu coração intacto
Só comia depois de ver deixar comer no prato
Ensinou-me a caminhar no céu de modo barato
Mãos no chão pernas para cima
Aguenta de cabeça pra baixo
Imagem que somos resume um corpo que a natureza gasta
Os atos que tomamos são a única coisa que o tempo não afasta
Uma vida resume uma história quando alguém nela se inspira
E uma historia enquanto alguém conta-la, continua viva

[Refrão 2]
E eu juro, jamais, vou-me esquecer de ti
Ouve eu juro, eu jamais... Crescido eu percebi
Que aquilo que me ensinaste hà um tempo atrás
Que aquilo que Ele leva, não trás
Só deixa as memórias, dias e horas que avivam histórias que deixam marcas e fazem com que tu não te vás

Wissenswertes über das Lied Mãe da Minha Mãe von Deau

Wann wurde das Lied “Mãe da Minha Mãe” von Deau veröffentlicht?
Das Lied Mãe da Minha Mãe wurde im Jahr 2015, auf dem Album “Livro Aberto” veröffentlicht.

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