Morena, Orvalho Dos Meus Poemas
Há um ar de brisa cálida no teu rosto
E claridade de estrelas no teu olhar
Um arrepio de agosto eriçando o teu corpo
E um buquê de nostalgia quando noiva no altar
Há uma voz que voa mansa nos teus lábios sedutores
E verões pigmentados na tua pele morena
Um perfume extasiante lembrando campos em flores
E uma saudade andarilha que me habita serena
Ah, morena serena
Serenata de carinhos
No sereno dos caminhos és orvalho em meus poemas
Morena, orvalho dos meus poemas
Tens no ventre um campo fértil semeado de esperas
E bandos de andorinhas prenunciando o teu futuro
Se a solidão é a tapera, o coração é a morada
Das notas das madrugadas, com sabor de vinho puro
Há no calor do braseiro, labaredas e silêncio
Crepúsculo da ausência que adormeceu toda nua
E na alma do poeta, uma rima sonolenta
Parceira da melodia entoada pela lua