O amanhã

Diano Ilha

o amannhã me vem
até quando eu não sei
é tão imprevisível, não se tem
uma validade visível


e ao meu redor, velhos ditados geram
cegos rotulados, ensinados a esquecer
que são


meros mortais, confinados a um fim
não sabem que a vida é um jogo, sempre há um perdedor


nessa longa avenida
muitas luzes se ascendem
nessa mesma ampla via
de repente todas elas se apagam


por isso afino meu violão
em outro bemol
placas e sinais não me freiam
pois os seus limites
quebram-me oportunidades


rasgue esse manual


imortais, até não mais respirar, somos

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