O amanhã
o amannhã me vem
até quando eu não sei
é tão imprevisível, não se tem
uma validade visível
e ao meu redor, velhos ditados geram
cegos rotulados, ensinados a esquecer
que são
meros mortais, confinados a um fim
não sabem que a vida é um jogo, sempre há um perdedor
nessa longa avenida
muitas luzes se ascendem
nessa mesma ampla via
de repente todas elas se apagam
por isso afino meu violão
em outro bemol
placas e sinais não me freiam
pois os seus limites
quebram-me oportunidades
rasgue esse manual
imortais, até não mais respirar, somos