Estrada de Canindé
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e uma cabocla
Com a gente andando a pé
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e a lua branca
No sertão de Canindé
Automóvel lá nem se sabe
Se é "home" ou se é "muié"
Quem é rico anda em burrico
Quem é pobre, anda a pé
Mas o pobre vê na estrada
O "orvaio" beijando a "flô"
Vê de perto o galo campina
Que quando canta, muda de cor
Vai "moiando" os pés no riacho
Que água fresca, nosso Senhor
Vai "oiando" coisa a "grané"
Coisas que, pra "mode" ver
O cristão tem que andar a pé