Canção Agreste

Manuelito Nunes

Estou chegando de longe
Peço licença e me apresento
Só peço que não repare
Na singeleza das minhas vestes

Não sinto nenhum cansaço
Porque viajo a bordo do vento
E trago em minha bagagem
As coisas simples da vida agreste

Eu venho do pé da serra
Dos vilarejos dos verdes campos
Trazendo na voz serena
O doce murmúrio da cachoeira

Vim pelo clarão da Lua
E pelo brilho dos pirilampos
Rimando trovas e versos
Na cor maior da nossa bandeira

Eu não tenho preconceito
Eu sou de quem me deseja, ê, ê, á
Eu sou a canção agreste
Sou a moda sertaneja

Eu sou a pureza rara
Rubi selvagem da açucena
Que nasce e cresce no lodo
Pra conservar a sua beleza

Que zomba da rosa branca
Pois tem orgulho de ser morena
Também porque foi nascida
No berço nobre da natureza

Sou a cantiga barrenta
Que nasce a beira dos carreadores
Tenho o ritmo tranquilo
Do passo lento de uma boiada

Meu verso é noite sem Lua
Quando revelo falsos amores
Minha rima é flor que murcha
Na terra onde não sou cantada

Eu não tenho preconceito
Eu sou de quem me deseja, ê, ê, á
Eu sou a canção agreste
Sou a moda sertaneja

Wissenswertes über das Lied Canção Agreste von Donizeti Camargo

Wann wurde das Lied “Canção Agreste” von Donizeti Camargo veröffentlicht?
Das Lied Canção Agreste wurde im Jahr 1984, auf dem Album “Dom de Cancioneiro” veröffentlicht.
Wer hat das Lied “Canção Agreste” von Donizeti Camargo komponiert?
Das Lied “Canção Agreste” von Donizeti Camargo wurde von Manuelito Nunes komponiert.

Beliebteste Lieder von Donizeti Camargo

Andere Künstler von Classical Symphonic