Ovelha Negra

Chamaram-me ovelha negra
Por não aceitar a regra
De ser coisa em vez de ser

Rasguei o manto de mito
E pedi mais infinito
Na urgência de viver

Caminhei vales e rios
Passei fomes passei frios
Bebi água dos meus olhos
Comi raízes de dor

Doeu-me o corpo de amor
Em leitos feitos escolhos
Cansei as mãos e os braços

Em negativos abraços
De que a alma esteve ausente
Do sangue das minhas veias
Ofereci taças bem cheias
Á sede de toda a gente

Arranquei com os meus dedos
Migalhas de grão, segredos
Da terra escassa de pão

Mas foi por mim que viveu
A alma que Deus me deu
Num corpo feito razão

Wissenswertes über das Lied Ovelha Negra von Dulce Pontes

Wann wurde das Lied “Ovelha Negra” von Dulce Pontes veröffentlicht?
Das Lied Ovelha Negra wurde im Jahr 2006, auf dem Album “O Coração Tem Três Portas” veröffentlicht.

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