Calamidade Publica
Nasci no fim do mundo
Vivo no fim do mundo
Aqui nesse fim de mundo
Vivo como um condenado
Pois nada sobrou pra mim
Quando as casas caem
Sinto-me triste demais
Pois no meio dos escombros
Bem que eu poderia, eu poderia estar
Minha familía, os meus amigos
A minha família estava lá
Todo ano isso ocorre
É sempre o mesmo corre-corre
Todo ano a hipocrisia
Faz parte dessa agonia
Demagogos, oportunistas
Vejam as vítimas
De toda a inoperência
Da brutal ganância
Quando a chuva cai
É um sacrifício a mais
A gente já não vive em paz
E quando essa chuva cai
Piora tudo aqui e a gente fica assim
Pedindo clemência, correndo risco
Tudo é perigo
Correndo risco, a morte pulsa mais
Queremos ajuda, mas não tem ajuda
Não temos culpa de sermos tão pobres assim
É calamidade pública
Queremos ajuda!
Moro no fim do mundo
Vivo nesse fim de mundo
Rastejo aqui no fim do mundo
E sinto um desgosto profundo
E muito mais
Minha família, os meus amigos
Agora estão soterrados, estavam lá
Chuva, lá vem ela
Chuva, lá vem ela e vem sem dó
Lá vem, lá vem, lá vem, lá vem, lá vem...
Moro no fim do mundo
Vivo nesse fim de mundo
Rastejo aqui no fim do mundo
E sinto um desgosto profundo
E muito mais
Minha família, os meus amigos
A minha família, estava lá
Chuva, lá vem ela
Chuva, lá vem ela e vem sem dó
Lá vem, lá vem, lá vem, lá vem, lá vem...
Chuva, lá vem ela
Chuva, lá vem ela e vem sem dó
Lá vem, lá vem, lá vem, lá vem, lá vem...