Calcanhar [O Ouro do Pó da Estrada]
Feito colar de hippie, venha mais eu
Noite, dia, corpo, estrada
Até que um calo cresça no pé
Que as mãos se apoiem no chão
Até que os dedos rachem no asfalto
Carrega eu quando der
Por enquanto, agora eu vou
Seguir você pelo mundo afora
Eu vou seguir você pelo mundo
Até no chão
No chão de areia quente pedra
Eu vou pisar
Eu vou seguir você
Até doer o calcanhar
Até no chão de areia quente pedra
Eu vou pisar
Eu vou seguir você
Até doer o calcanhar
Feito ou desfeito, é fato
Se a dor não for fatal
Dia e noite, madrugada
Até que um galo encante amanhã
A manhã ensolarada
Até até rachar o chão numa pisada
Carrega eu se der
Quando for embora
Eu vou seguir você pelo mundo, agora
Eu vou seguir você pelo mundo
Até no chão
No chão de areia quente pedra
Eu vou pisar
Eu vou seguir você
Até doer o calcanhar
Até no chão de areia quente pedra
Eu vou pisar
Eu vou seguir você
Até doer o calcanhar
Até no chão
No chão de areia quente pedra
Eu vou pisar
Eu vou seguir você
Até doer o calcanhar
Até no chão de areia quente pedra
Eu vou pisar
Eu vou seguir você
Até doer o calcanhar
No frio da serra, no sol da baixada
Você não me escuta, mas eu vou atras
No meio das lanças dos canaviais
Parando florestas, rompendo calçada
No mangue, no rio e na noite estrelada
Que eu chego é o rastro que vai enviar
Pisando em navalhas eu vou caminhar
O corpo mandando, os olhos pedindo
Sonhando e sofrendo, sangrando e sorrindo
Na beira do mundo querendo voar
(Na beira do mundo querendo voar)
(Na beira do mundo querendo voar)
Até no chão
No chão de areia quente pedra
Eu vou pisar
Eu vou seguir você
Até doer o calcanhar
Até no chão de areia quente pedra
Eu vou pisar
Eu vou seguir você
Até doer o calcanhar
Até no chão
No chão de areia quente pedra
Eu vou pisar
Eu vou seguir você
Até doer o calcanhar
Até no chão de areia quente pedra
Eu vou pisar
Eu vou seguir você
Até doer o calcanhar