Mas...

Caio Neri, Pitzan

[Verso 1: Pitzan]
Ei, presta atenção, há tempo pra brincadeira
A vida se apresentou pra mim de outra maneira
Caminho a beira do abismo diariamente
[?] eu sigo insistivamente
Mas [?] incongruente são os rumos que ela toma
Cerimônia impossível mesmo vivendo em uma redoma
A gente somos prós, depois deduz os contras
Se o saldo der positivo é porque talvez erramos as contas
Eu faço arte, mas nunca vivi dela
Faço parte do time que vive por ela
Minha trupe segue firma a serviço da cultura
Revisitando o passado e fazendo sua releitura
As rupturas que aqui promovemos
São as respostas ao mercado viciado que aqui temos
Do nosso lado quem vemos? Apenas nós mesmos
A limpo é o necessário vivos nos mantermos

[Verso 2: Caio]
Desistência frente as adversidades do percurso
Muitos se atrapalham com o foco do discurso (ã, ã)
Concentração para não ser estatística
Sem a limitação paleolítica
É complicado que meu povo não entende
Ou é defasado o conteúdo que despende
O tal que vende o que era pra ser gratuito
Eu vejo a ignorância nos lugares que transito
Proliferação da mesmice nos atrapalha
A nossa independência já pulou a muralha
Mas segue difícil espalhar ideias boas
Que sejam eficazes ao chegar nas pessoas (ah)
A confusão surgiu no comprometimento que falta
Por isso eu vou as ruas sem acento
Alma de gente onde ecoa a aglomeração
Olhar pra frente é ser oposto a arrebentação

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