Dona
Ó dona a quanto obrigas
Fazes sangue às raparigas
Ó dona a quanto obrigas, meu amor
Desse sangue eu faço migas
Que comem as formigas
Ó minha complicada couve-flor
Dona
Tu és a nossa mãe
Dona
És donde a vida vem
Estrela peregrina
Perfumada e purpurina
Amas analfabeto e doutor
Patrão, tropa ou ardina
Tu és a nossa sina
Ó fértil divindade do amor
Dona
Tu és a nossa mãe
Dona
És donde a vida vem
Portinhola amorosa
E botãozinho cor-de-rosa
Singelo quintalinho acolhedor
Cansada e decadente
Virginal e sorridente
És bastante importante, sim senhor!
Dona
Tu és a nossa mãe
Dona
És donde a vida vem
Portugal dos Pequeninos
Cemitério de pepinos
Deste jardim és a mais linda flor
Ó dona a quanto obrigas
Fazes sangue às raparigas
Ó dona a quanto obrigas, meu amor
Dona
Tu és a nossa mãe
Dona
És donde a vida vem
Dona
Tu és a nossa mãe
Dona
És donde a vida vem
A vida vem