Noturno
Um silêncio atrai
Fonte de um novo surto
Resta o mesmo ar
Surra meu dorso em teu breu
Pra mostrar
Que teus passos dispersam dos meus
Um encontro a mais
Cega meu olho turvo
Tento escapar
Me faz sorrir outra vez
Sem notar
E o embate entre os olhos
Dispensa tudo que sei
Torna o risco, talvez
Um momento em paz
Vestes de um surdo-mudo
Troco sem pensar
Pelo teu caos, teu prazer
Quero alçar
Tuas falas no tempo
Um beijo a cada manhã
Travo lutas contra a sorte
Centelha em meio ao vão se faz
Vejo os mesmos lençóis
Que calaram nossas tardes
Me leve outra vez só