Toc-Toc, Solidão
Felipe. Paiva
Ela me bate a porta
Me chama, pede pra sentar
Cruza as pernas e acende um cigarro
Me oferece, mas parei de fumar
Me pergunta como vai a vida
Simpática, se mostra amiga
Respondo um tanto difusamente
Um tanto vazio, evasivo e frio
Minha amiga Solidão
Há tempos você não me toma pela mão
Minha amiga Solidão
Veio sem avisar, estou no chão
Querida Solidão, companheira neste mundo cão
Não tenha pressa, há muita conversa pra pôr em dia
Vou passar um café, pra tomarmos nesta noite fria