Alecrim
Gerson Borges
Cada coisa tem o seu lugar
Cada porta, a chave que lhe abrirá
Cada vento tem seu catavento
Cada tempo tem um mal que lhe caberá
Cada fome tem o seu maná
Cada mágoa o unguento que lhe fechará
Cada vento tem seu catavento
Cada tempo tem um mal que não vai durar
Eu nessa noite escura
Vou me lembrar
No meio daquele deserto todo
Um oásis dentro de mim
E escondido naquela guerra
A paz sem fim
Detrás da pior melancolia
A mãe da maior alegria
O mato crescia
Eu olhava e não via
Um ramo verde de alecrim