Acalanto
Dorme em paz, minha criança
Que teu pai também descansa
Dessa vida que lateja no teu corpo
E que marcou teu pai no rosto
Sonha em paz, meu pequenino
Que teu pai também menino
Ainda teima em fantasias, ainda insiste
Em somente assim resistir
E por ruas ladrilhadas de diamantes
Com quistando tanto mundo quanto houver
Socorridos nos momentos vacilantes
Pelos magos, pelos dados, pelos reis
Nossos filhos de pelúcias comandantes
A vencer o jogo do final do mês
Mas cuidado lá em cima do piano
Tem um copo de egoísmo
E quem bebeu morreu
Dorme mais, minha criança
Que teu pai já se levanta
Pra perder um pouco mais da mocidade
Nessa tão realidade
Sonha mais, meu pequenino
Que teu pai também menino
Tem amigos que vem lá de Aldebarã
Pra te dizer até amanhã
Sonha mais, minha pequena
Nesta noite tão serena
Tem amigos que vem lá de Aldebarã
Pra te dizer até amanhã