Momento Seguinte
O teste é forte o sangue jorra escorre e ferve
Delírios aos 40 graus de febre
A sede aperta merda não posso beber nada
Sinto a vista escurecer
Já não consigo me mover
A tendência agora é o corpo amolecer pra depois endurecer de vez
Pesadelo, terradeiro, agonia
A sete dias da própria missa de sétimo dia
A fé uma vasilha vazia da cabeça aos pés emorragias
Quem diria eu reincidente calejado
Varias passagens: Porte ilegal, quadrilhas de assalto aqui esticados
Mirei errei, acabei sendo alvo
E todo ódio veio em torno do meu lado e o pior
Me pegou despreparado
Preciso ficar calmo um chegado foi buscar um carro
Quem sabe veí não seja tarde
E eu chegue ainda vivo a uti do hospital
De quase macas jac's tubos, lençois ensanguentados
O raio x revela um dos pulmões foi perfurado
Um saldo nada positivo
Viu? Premeditei meu homicídio
Minhas idéias, meu gatilho, meus motivos
Fazem de mim a muito tempo morto vivo
Choros pedidos de socorro nada disso me comoveu
Só que o sangue que jorra agora é o meu
O teste é forte é, o teste é forte é
O teste é forte o sangue jorra, escorre e ferve
O teste é forte é, o teste é forte é
O teste é forte jorra, escorre e ferve
Cirurgia com sucesso vida salva, varias balas pelo corpo se movendo
As cicatrizes dos 300 pontos só o tempo, nem o tempo
Recuperação dos movimentos, fisioterapia todo dia cedo
Cedo todo dia vida normal de novo nenhuma garantia
Sem grana sem emprego ao meu lado, ao meu lado só minha família
A mesma que eu inconsequente destruía
Visitas de chegados, alguns botando pilha
Dizendo que fui vitima de uma armadilha
Mais eu sei, minha arapuca eu armei, minha cova, eu cavei
E por pouco não me enterrei de vez
2 anos e 6 meses de cadeira de roda
Aprovado e reprovado em duras provas
Muitos castigos pra pagar por mais que o cara peque
Nada animador as previsões do Sarah Kubitschek
É mesmo forte quase intransponível teste
Em meio a dependência, sangue, urina, fezes
O impossível para muitos acontece: As pernas dão sinal agora mexem
Mesmo atrofiadas, data e hora foram anotadas na agenda a caneta
6 meses se vão e lá vão as cadeiras, muletas
Estava faminto
Agia com instinto. Não fumava não bebia. Careta
Nada difícil descolar uma escopeta
Minha presa tava de vacilo
Armei o bote, senhor da situação
Eu era novamente instrumento do anjo da morte
Na hora h lembrei dos pontos, da recuperação dos cortes
Do banho dado pelo meu irmão mais novo
Da minha mãe ao lado o tempo todo dando-me total apoio
Será que assim que se resolve?
Papudão, pavilhão 9. Não Gog!
Nem cheguei a engatilhar a dar o golpe
Não escapei por sorte. Não nadei tanto pra morrer na praia
Quem quer que seja apoderando de mim, nesse momento saia
Pra esse sentimento de vingança: Vaias
Que viva assim a vida
E que morra dentro de cada um de nós o homicida
Quem sabe assim se cale os refrões antes cantados
Os papeis aqui interpretados e que dêm lugar ao sonho de roberto carlos
La lalalalalala, la alalalalalalala
La lalalalalala, la lalalalalalalala
Ai muita gente se esqueceu que o amor só traz o bem
E que a covardia é surda veí e só ouve o que convém