O Homem de Preto
[Verso 1: GRAÇA]
O Homem de Preto veleja sem destino certo
Singra à esmo com a pele queimada
Seu barco arranha o deserto
Preenche o espaço com cores turvas
Não capta por quê ao certo
Atravessa a areia brilha sem saber se tá longe ou perto
Ele segue canoas, naus
Caravelas que à frente navegam
Se comunica através da fumaça que traz o fogo do inferno
Ama a segurança banal que tantas rotinas lhe geram
Mal sabe dizer se faz bem ou mal
Acho que nem se sente desperto
[Ponte]
É tão mais simples seguir o movimento eterno
O conforto do ordinário é tipo amor materno
É tão mais simples seguir o movimento eterno
O conforto do ordinário é tipo amor materno
[Refrão: Pedro Tiê]
O perdi de vista quando virei o timão
Rasguei o mapa da ilha, eu deixei no chão
Eu sei que o tesouro que almejo é outro
Não há obsessão, prefiro seguir o meu coração
[Verso 2: GRAÇA]
O Homem de Preto é tudo
Mesmo não sentindo nada
Seu âmago é mudo
Por isso sua cor é opaca
O Homem de Preto é tudo
Mesmo não sentindo nada
Seu âmago é mudo
Por isso sua cor é opaca
[Refrão: Pedro Tiê]
O perdi de vista quando virei o timão
Rasguei o mapa da ilha, eu deixei no chão
Eu sei que o tesouro que almejo é outro
Não há obsessão, prefiro seguir o meu coração