Poesia Marginal Com Matriarcak

Anaile Paulino da Silva

Não to na vida que pedi a Deus,
E as vezes eu até acho que ele é surdo
Mas já que essa é a vida que Deus me deu,
Tô tipo Listerine pro seu bico sujo.

To tao rápida como Airton Senna
Mais clássica que Cadillac
Tao valiosa dentro dessa cena
Segura minhas linha com quilate
Aqui meus cachorros não latem
Nem pula o muro pra não tentar a sorte
Minha vida já não cabe nisso
Então eu deixo essa pra depois da morte.

Eles disseram poetas no topo, mas dificultaram pra noiz chegar lá
Tao racionando a informação, que te leva mais longe do que traficar
Alguns disseram que eu não ia chegar, e ainda bem que a caminhada é longa
Por que hoje, eu tô entre os melhores e você é só mais um qfamoso “fala mais q a boca “

Ceis tao indo pro fundo do poço
Eu to tao tensa quanto o iluminado
Tipo Jesus a caminho da Cruz,
Com varios Judas andando do lado.

Mas to ligada que num é de hoje
Que tem uns que tentam me atrasar
Mas to correndo como Usan bolt e esses puto não vai me alcançar

Andam dizendo que eu tô me achando, mas acho que eu só nasci com o dom
Sou excelência em tudo que eu faço, tipo a dicção da Erika Hilton

Num mundo onde eles disputam, em quem possui mais privilégio
To sendo expulsa desse Vaticano, com meus poemas sacrilégio

Eu não sou o que vocês queriam,
nem quero ser oq vocês pensavam
Minha oficina nunca tá vazia, e aqui o diabo não arruma nada

É que eu to de olho no cifrão, e quero o meu malote bem cheio
A burguesia nunca faz o bolo
Mas sempre querem parte do meu recheio.

Segura a revista Recreio que aqui a vida é sem confete
Eu to querendo lapidar os meus
E vamo por fogo na sua maquete

Te aviso que sou de grande carga, e o meu porte é de grande peso

Sou pequena como uma granada: Ce num me da nada, mas eu te explodo inteiro.

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