No Dente Dos Ovelheiros
Estala taquara brava
É o dente dos ovelheiro
Sacando alçado do mato
Sempre que eu paro rodeio
Torena é o grito de aboio
Ecoando no matagal
Donde nem mutuca brava
Saca alçado do grotal
É o dente dos ovelheiro
Costeando touro e terneiro
Rumbo ao cocho de sal
Tapado de sumidor
Banhado da corticeira
Do juncal, caraguatá
E da macega estaladeira
Taquaral, unha-de-gato
Graxaim, gato-do-mato
E d'onde governa a cruzeira
A d'onde encrespa o grotal e cochila o boi matreiro
O comando do meu grito
Pega, meus tigre campeiro
É ali mesmo que me agrando e os alçado
Eu vou costeando
No dente dos ovelheiro
É ali mesmo que me agrando e os alçado
Eu vou costeando
No dente dos ovelheiro
Volta baguala que conto
Me topei com um malino
Malacara, pelo curto
Zebu que dá pelo fino
Tinha maneado o cavalo
Entrei de a pé no banhado
E me topei c'o este brasino
Me saltou o cupinudo
Atropelando parelho
Meus cachorro' n'outra ponta
Iam serrando o rodeio
No comando, me acudiram
E saquemo' o touro brasino
A dente e cabo de relho
A d'onde encrespa o grotal e cochila o boi matreiro
O comando do meu grito
Pega, meus tigre' campeiro
É ali mesmo que me agrando e os alçado
Eu vou costeando
No dente dos ovelheiro'
É ali mesmo que me agrando e os alçado
Eu vou costeando
No dente dos ovelheiro'