Autópsia

É que eu sou frio como o sol

Assim que é

Não tente me entender

Me ame se quiser

Me ame se puder

Reconheço o esforço de quem tenta

Sou isso aqui que cê tá vendo

Minha dicção é falha

Memória já não ajuda

Tenho problemas com horário

Eu sou amante da culpa

A criança que habita em mim

Ainda tá cheia de perguntas

O ato de escrever é uma autópsia

Eu nem sei porque tu finge que escuta

Eu nem sei porque tu finge que gosta

Falo qualquer bosta e soa como uma punch

Frase pra tu pôr de legenda

Faça muito, arte transe, doem água, bebam sangue

(Quê?)

Eu sei

Que era pra fazer sentido, mas

Nem o hino eu sei cantar

Só fecho meus olhos pra sentir a energia

Quando o beat do wuk tocar

Fazer som é uma aquarela

Minha mente é um pincel

Que te faz ouvir com uma mão no peito

E a outra apontando o céu

Won, won, won

Emergência: olha a gente aí de novo na television

(Sem matar e sem roubar, tá?)

Nós é magro só de ruim, a fome é de leão

O peito ruge e a mente rege

De uma forma questionável

Baby, nos vemos em breve

Vim morar na lua

Eu vou morar na rua

Eu vou morar na sua

Sinto que eu não me encaixo

Esses dias tá foda, já nem paro em casa

Procuro outras formas e outros lugares

Onde nem que momentaneamente eu me sinta bem

Só não posso perder o último busão

Esses dias tá foda, já nem paro em casa

Procuro outras formas e outros lugares

Onde nem que momentaneamente eu me sinta bem

Só não posso perder

Meu foda-se é lendário

Adoro comprar briga

No fim sempre dá merda

Mas foda-se, eu amo a adrenalina, aham

Na verdade odeio

De onde venho amor é matéria que ninguém ensina

Abro os olhos e a vontade de levantar me falta

A comida perde gosto, o café esfria

E a madruga é o momento que melhor eu funciono

Não tenho sono, hiperativo ao ponto

De escrever 7 letras enquanto maratono outra série

Mil assunto ao mesmo tempo numa mesma conversa

E mais louco que eu é só quem ainda tenta me escutar

Se você se identifica, é sério, procure ajuda

Tarde cinzenta

Eu roubei as lâmpadas do sol

E trouxe o mundo na palma da mão

Tenho a bussóla, sei o caminho perfeito

Mas vou acostumar

Com a constante mudança de direção

Os meus dias são improdutivos

Procuro motivos pra procastinar

Pois sei quanto sou bom

Em fazer as coisas no último instante

É a última chance

De me darem ouvido antes que eu...

Sinto que eu não me encaixo

Esses dias tá foda, já nem paro em casa

Procuro outras formas e outros lugares

Onde nem que momentaneamente eu me sinta bem

Só não posso perder o último busão

Esses dias tá foda, já nem paro em casa

Procuro outras formas e outros lugares

Onde nem que momentaneamente eu me sinta bem

Só não posso perder o último busão

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