Empregada
Guilherme Neykova
Eu acordei
De madrugada
Quem tocou a campainha
Foi a empregada
Eram cinco da matina
Ela não se toca
Que não há quero aqui porque
Cheira cocaina
Ela tava com câncer
Em fase terminal
Ela tava doente
Da cavidade anal
Minha cama me chamava
E a empregada me coxixava
Eu estava com sono ali
Eu queria saber de dormir
Até que ela se tocou
Disse que ia embora
Pediu suas contas
E saiu sem limpar a porta
Eu fiz um cheque
Mas estava sem fundo
Era o fim do mundo
Mas algo aconteceu
Num ataque cardíaco
Ela tremeu
Se debateu no chão
E morreu em vão
Empregada doente
Empregada com câncer
Ela tinha problema
Em sua cavidade anal
Empregada
Escaldada
Problemática
Era asmática
Eu fui dormir
Eram seis horas
O relógio tocou
E minha bunda
Peidou...