Eternidade! És Qual Trovão

Eternidade! És qual trovão
Que faz tremer o coração
Princípio e tempo infindo!
Eternidade, em que não há
Um tempo que se acabará
De dor me consumindo
Não sei por onde me guiar
Sinto o pavor me dominar

Eternidade, oh! Que temor
Me inspiras com o teu rigor!
És longa em demasia
Se nessa noite de aflição
Concentro a mente, o coração
De medo se angustia
Nada há tão pavoroso assim
Como esse tempo que é sem fim

Ah! Como és justo, ó grande Deus
Punindo os servos maus e ateus
Com infernal tormento!
As transitórias, vis paixões
Trarão eternas aflições!
Mantém no pensamento
Ó homem, e reflete bem
O tempo vai - a morte vem!

Do sono do pecado sai
Ovelha desgarrada, vai
E segue a trilha certa
É tempo! A eternidade vem
E o galardão terás também!
Para o teu bem, desperta!
Um dia só talvez terás
Chegando a morte, o que farás?

Eternidade! És qual trovão
Que faz tremer o coração
Princípio e tempo infindo!
Eternidade, em que não há
Um tempo que se acabará
De dor me consumindo
Não sei por onde me guiar
No céu me faze, ó Deus, entrar

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