Na Garupa do Meu Mouro
Me agrada bailar de pala
Num fandango fronteiriço
Esquecer um pouco o serviço
E dar uma folga pros arreios
Num trago véio cuiúdo
De tirar o pó da garganta
Fico dono da bailanta
Quando tô de bolso cheio
Num bailezito campeiro
Propício pra dar estouro
Eu não me assusto com touro
Desses que escarvam o cupim
Arrasto a minhas espora
No salão de chão batido
E o chinaredo entretido
Todas bombeando pra mim
É uma marca e mais outra
Vou suando meu jaleco
Não sou de extraviar os tareco
Mas também não sou mesquinho
Na garupa do meu Mouro
Está sobrando carona
E esta China querendona
Não deixa eu voltar sozinho
É uma marca e mais outra
Vou suando meu jaleco
Não sou de extraviar os tareco
Mas também não sou mesquinho
Na garupa do meu Mouro
Está sobrando carona
E esta China querendona
Não deixa eu voltar sozinho
Vou caprichando nas prosa
Desmanchando uma vaneira
Bombacha cheia de poeira
Do chão velho Colorado
Com a xirua nos braços
Pendurada igual um gancho
Hoje, eu volto pro rancho
De chapéuzito tapeado
Não me importa o falatório
Nem a ciumeira dos macho
O buraco é mais embaixo
Quando me encontro aluado
E volto batendo estribo
Enforquilhado no Mouro
C'o a morena que é um estouro
Pra viver no meu costado
É uma marca e mais outra
Vou suando meu jaleco
Não sou de extraviar os tareco
Mas também não sou mesquinho
Na garupa do meu Mouro
Está sobrando carona
E esta China querendona
Não deixa eu voltar sozinho
É uma marca e mais outra
Vou suando meu jaleco
Não sou de extraviar os tareco
Mas também não sou mesquinho
Na garupa do meu Mouro
Está sobrando carona
E esta China querendona
Não deixa eu voltar sozinho